Sete organizações empresariais ligadas ao turismo nos Açores mostraram-se hoje apreensivas com a “tímida e incerta recuperação” do setor na região devido à covid-19 e criticaram a “comunicação pouco clara das opções turísticas” do arquipélago.
Em comunicado de imprensa enviado hoje às redações, as sete associações avançaram que se reuniram na passada segunda-feira, 05 de julho, para “analisar a situação atual do setor” do turismo na região.
“As sete associações presentes manifestaram a sua apreensão, face ao futuro, dada a tímida e incerta recuperação que o setor [do turismo] vem evidenciando, com a fluidez das decisões dos mercados emissores e a parca procura, exceção feita ao mercado nacional, mesmo assim pouco intenso”, lê-se no comunicado.
As sete associações são a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), a delegação dos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a delegação Regional dos Açores da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), a Delegação dos Açores da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, (AHRESP), a Associação Regional das Empresas de Atividades Turísticas dos Açores (AREAT), a Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) e a Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC).
Entre os “problemas mais prementes”, as associações realçam o “acumular insustentável de crédito a que foram forçadas as empresas”, a “continuidade de pouco trabalho para ocupar os quadros de pessoal” e a “comunicação pouco clara”, quer das “opções turísticas dos Açores”, quer da “estratégia para a retoma do setor”.
PUB
CONTINUAR A LER
As sete organizações pedem a aceleração do processo de vacinação contra a covid-19 em São Miguel, a “flexibilização dos critérios de passagem de crédito a apoio a fundo perdido” e a “prorrogação” dos apoios ao ‘lay-off’, aos custos fixos e de “outros programas de manutenção dos postos de trabalho”.
Na posição conjunta, as associações defenderam uma “melhoria e intensificação da comunicação dos procedimentos de entrada e saída de passageiros dos Açores” e a realização de um “plano plurianual de promoção” da região.
O grupo de sete organizações quer ainda a implementação de “instrumentos de refinanciamento e recapitalização das empresas” e a “flexibilização” da “circulação de trabalhadores entre empresas e entre ilhas”.
“Como medidas de longo prazo, as associações defenderam: planeamento imediato do processo de revacinação; reposicionar e reforçar, urgentemente, a formação e a requalificação para o setor”, acrescenta o comunicado.
A sete organizações ligadas ao turismo avançam ainda terem pedido uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, o social-democrata José Manuel Bolieiro, para “melhor explanar” as suas intenções para o “futuro do turismo” na região.
Os Açores têm atualmente 300 casos ativos de covid-19: 285 em São Miguel, cinco na Terceira, três no Pico, dois na Graciosa, dois em São Jorge, dois no Faial e um nas Flores.
Desde o início da pandemia foram registados 6.499 casos de covid-19 na região, tendo 6.025 pessoas recuperado e 34 falecido.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.980.935 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France Presse.