São antigas algumas questões estruturais para o desenvolvimento da Ilha Terceira, nunca resolvidas, sempre adiadas. A questão do aproveitamento do Porto Oceânico da Praia da Vitória, a construção do Cais de Cruzeiros na Praia da Vitória, a melhoria das condições no aeroporto civil das Lajes.
Marcos Couto, Presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, diz, nesta entrevista ao Investinterceira, que quanto às melhorias no aeroporto civil das Lajes, estão em andamento. A disponibilização de “Slots” por parte dos militares quadruplicou a oferta de estacionamento de aeronaves civis e a melhoria da aerogare civil está contemplada na proposta de Orçamento Regional para 2022.
Já no que diz respeito à construção Cais de Cruzeiros, não tem dúvidas de que devem ser procuradas soluções para a sua construção que não envolvam terceiros porque os americanos dificilmente irão ceder o porto militar. A solução, adianta, deve convergir na construção da estrutura na zona do porto comercial, aproveitando todo o potencial que já existe. Recorda que, por exemplo, no porto de Helsínquia (Finlândia) os passageiros desembarcam aos milhares no meio do cais de contentores.
Quanto à utilização comercial do Porto da Praia, Marcos Couto avança que antes de se procurarem soluções além fronteiras deve começar-se por dar uso interno à estrutura de forma a que, em conjunto com o Porto de Ponta delgada, possa conseguir-se uma nova forma que não prejudique os outros portos já existentes e que não deve, em nenhuma circunstância, avançar-se para novos investimentos em obras portuárias sem que primeiro estejam esgotadas todas as potencialidades das que já existem, em particular, as que já são oferecidas pelo Porto da Praia.
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