Não era raro receberem, os açorianos, provas de consideração e deferência dos monarcas, que das ilhas recebiam todo o auxílio necessário à vida e prosperidade nacional.
Em 1577 se recebeu a seguinte carta:
«D. Sebastião, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves. A quantos esta minha carta virem, faço saber […] Havendo respeito aos serviços que a dita cidade me tem feito e aos que espero que em diante me fará, e por folgar de lhe fazer mercê: Hei por bem e me apraz que as pessoas que servirem de juízes e vereadores da dita cidade de Angra e aos que andarem nestes pelouros dos ditos ofícios, somente gozem dos privilégios e liberdades de que gozam os cidadãos da minha cidade do Porto, e isto enquanto eu assim houver por bem e não mandar o contrário. E mando a todos os meus desembargadores, corregedores, ouvidores, juízes e justiças e oficiais e pessoas a que esta carta for mostrada e o conhecimento dela pertencer, que mui inteiramente cumpram e guardem. E por esta mando aos oficiais da câmara da cidade do Porto que lhes deem os treslados dos ditos privilégios, em pública forma, para deles gozarem enquanto eu assim o houver por bem e não mandar o contrário, sem dúvida nem embargo algum que dele seja, porque assim é minha mercê. Dada em Lisboa aos 30 dias de mês de março. Pedro de Seixas a fez. Ano do Nascimento de N. S. J. Cristo de 1577 anos.»
In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 114, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.
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