Há 149 anos, morreu Nicolau Anastácio de Bettencourt que nascera em 14 de fevereiro de 1810. Em Coimbra, como estudante, incorporou o batalhão de voluntários académicos, trocando a capa de estudante pela farda de militar; e assim entrou nas ações da Cruz de Morouços e Ponte do Vouga; emigra, com a divisão, para a Galiza, dali para Inglaterra e depois para a Terceira, com 19 anos apenas, acompanhando a tipografia dos revolucionários; acompanha as tropas na batalha de 11 de agosto, segue-as a render as outras ilhas e acompanha D. Pedro IV às praias do Mindelo com 7 500 bravos, combatendo em todas as ações. Implantado o Constitucionalismo, foi nomeado governador civil de Ponta Delgada, de Aveiro e depois de Angra do Heroísmo. Funda a Caixa Económica de Angra, em 28 de dezembro de 1844, impulsionou a instrução e concorreu para a fundação do Liceu, o Paço da Justiça, as cadeias, o cais da Alfândega, o Asilo da Infância Desvalida. Em Aveiro funda uma outra Caixa Económica.

A sua biografia se resume nesta frase: passou fazendo bem. Nicolau Anastácio Bettencourt era poeta e prosador de invulgar talento. Foi fidalgo cavaleiro da Casa Real, carta do conselho de S. M., comendador das ordens de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e de Cristo e cavaleiro de outras ordens. Faleceu repentinamente na noite de 6 para 7 de março de 1874.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 91, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935. 

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