Uma delegação da Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas e Pacífico - União Europeia, terminou esta quinta-feira (4), uma missão de observação a Moçambique, e considerou insuficiente a assistência humanitária às vítimas da violência armada em Cabo Delgado.

O presidente da delegação, o eurodeputado português, Carlos Zorrinho, disse que para além da assistência humanitária, "é preciso também garantir a protecção do direito à sobrevivência dos deslocados de guerra.

Zorrinho afirmou que "as pessoas deslocadas ainda não têm o apoio humanitário que é preciso”, e "o drama humanitário enfrentado pelos deslocados vai agravar-se com a chegada da época chuvosa".

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Atenção

“O que acontece em Cabo Delgado merece toda a atenção e nós faremos isso, porque não nos podemos desculpar por haver muitos problemas parecidos” noutras partes do mundo, sustentou.

O eurodeputado defendeu ainda a necessidade de coordenação entre todas as instituições envolvidas na ajuda humanitária visando uma maior eficácia.

Zorrinho referiu, por outro lado, que a resolução da crise humanitária e de segurança em Cabo Delgado deve passar pela inclusão das populações locais, porque também “têm soluções e ambições” em relação à situação que enfrentam e ao seu futuro.

Marcas

O activista social Rui Santos, diz que o conflito em Cabo Delgado vai deixar marcas permanentes, e defende a criação de condições mínimas de sobrevivência nos locais para onde fugiram os deslocados, até porque muitas dessas pessoas não deverão regressar à terra-natal.

Muitas das pessoas deslocadas são crianças, que segundo Chance Brics, da Save The Children em Moçambique, enfrentam inúmeras dificuldades no seu dia-a-dia, nomeadamente, a falta de roupa, água e habitação.

Entretanto, Yolanda Almeira, porta-voz do Governo provincial de Cabo Delgado diz estar-se a trabalhar num plano de emergência para assistência humanitária às vítimas da insurgência, que inclui a criação de novos assentamentos para cerca de 70 mil famílias deslocadas.

O conflito militar em Cabo Delgado já provocou mais de 3.100 mortes e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

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