O R4 nasceu com o objectivo de tirar clientes ao modelo 2CV. Era um automóvel muito prático, sendo mais robusto, mais rápido e pouco mais caro do que o seu rival. Substituiu também o carismático 4CV, o Joaninha, como modelo de base da marca. Ao contrário deste, tinha o motor e a tracção à frente. A adopção de um chassis-plataforma tornava mais acessível o compartimento de carga, graças também aos seus amortecedores em posição horizontal. No interior, reinava a funcionalidade, patente na alavanca da caixa a sair do tablier, como no 2CV.

Antes de ser apresentado ao público, o R4 percorreu mais de milhão e meio de quilómetros de intensivos testes. A produção iniciou-se em Maio de 1961.

Inicialmente, possuía duas versões e duas designações diferentes: R3 e R4. O R3 tinha motor mais pequeno com 603 c.c. Fabricou-se apenas durante dois anos e logo se dissipou na história do R4. Também este passou a ser identificado por um dos modelos: o 4L. Esta versão começou com motor de 750 c.c., 26,5 CV e atingia 100 km/h. Acabou em 1986, já com 845 c.c., 34 CV e 110 km/h.

Existia também uma versão profissional, a fourgonette, com tecto alto. Uma característica interessante era a abertura, em cima, do compartimento da carga, para mercadorias muito altas. Na publicidade, servia para transportar uma girafa e, por isso, ficou conhecida como “girafon”.

As versões Super Confort possuíam melhores acabamentos, bancos mais confortáveis e o vidro da quinta porta era descendente, mas a versão L foi sempre a preferida do público.

O Renault 4 nunca foi um automóvel dispendioso. No nosso país, em 1965, custava 49.640$00, quando o 2CV mais barato rondava os 44.000$00. A sua alimentação frugal e uma robustez a toda a prova definiam, o mais acessível dos Renault, como um automóvel verdadeiramente económico. A carroçaria, simples e pouco adornada, não sofreu também grandes alterações, mesmo quando a pequena grelha cromada das primeiras versões se transformou em plástico negro e passou a englobar os faróis. A silhueta do Renault manteve-se inconfundível ao longo de 33 anos, apesar de o modelo ter sido produzido em 26 fábricas diferentes, em locais tão distintos como Trinidade e Tobago, Eslovénia, Chile, Costa do Marfim, Madagáscar, Zaire ou Marrocos.

Devido às normas anti-poluição, o R4 deixou de se vender em França a partir de 1993. Na Primavera de 1994, a linha de montagem de Casablanca terminou a produção do R4, com a série Bye-Bye. Aos 33 anos, depois de uma vida útil e bem-sucedida, o R4 morria multi-milionário: 8.135.424 unidades produzidas.

FONTE: MUSEU DO CARAMULO

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