A direção e a Comissão Especializada da Restauração da Câmara do Comércio de Ponta Delgada (CCIPD) defenderam hoje o prolongamento do ‘lay-off’ às empresas até ao segundo trimestre de 2021, devido à pandemia da covid-19.

De acordo com um comunicado da CCIA, na sequência de uma reunião realizada na quinta-feira, confirmou-se as "expectativas de uma crise profunda e prolongada que condiciona a sobrevivência das empresas, havendo urgência na criação de apoios que possam contribuir para ultrapassar a situação muito negativa que as empresas estão a passar”.

Uma vez que as restrições ao “normal funcionamento da economia e das empresas, condicionam fortemente o setor da restauração e similares”, a CCIPD defende que “deverá ser garantida a possibilidade de prolongamento da utilização do ‘lay-off’ pelas empresas até à normalização da sua atividade, prevendo-se que não aconteça antes do segundo trimestre de 2021”.

Aquela entidade pretende também a revisão dos programas regionais de apoio à manutenção dos postos de trabalho, uma vez que considera que os programas direcionados para esta realidade, “da forma como estão implementados, não são eficazes e obrigam as empresas a manter um volume de postos de trabalho, até ao final do ano, incomportável para o nível da sua atividade”.

A CCIPD entende que estes programas “deverão ser revistos ou criados novos que apoiem as empresas e garantam custos controlados ao nível de pessoal, apoiando os postos de trabalho que as empresas efetivamente necessitam para o seu funcionamento e condizentes com as restrições impostas e a procura”.

Os representantes do tecido empresarial consideram ser “indispensável a criação de uma medida que permita às empresas do setor a sua adaptação à nova realidade”, recordando-se que “já foi proposto pela CCIA um sistema de incentivos que apoie as empresas da restauração na adaptação das instalações, em equipamentos e em formação profissional de modo a permitir a recuperação da atividade”, sendo “fundamental a sua criação rapidamente”.

Os empresários defendem a abertura de atividades de “forma planeada e progressiva” e, paralelamente, que se desenvolvam “campanhas de sensibilização para a importância de algumas atividades económicas na região e das empresas desses setores para a manutenção e a criação de emprego e riqueza”.

“A atual situação exige decisões céleres na criação de medidas específicas de apoio ou a revisão das existentes, aliadas com um planeamento de base económica, de forma a que as empresas deste e de outros setores possam continuar a sua atividade e a manter o máximo possível de postos de trabalho”, conclui a CCIA.

A Autoridade de Saúde dos Açores informou hoje que as 253 análises realizadas nos dois laboratórios de referência da região nas últimas 24 horas não revelaram novos casos positivos de covid-19 e que há quatro novas recuperações a assinalar.

Em comunicado, a Autoridade de Saúde dos Açores adianta que as quatro recuperações são de duas mulheres com 45 e 67 anos, residentes nas ilhas de São Jorge e do Faial, e de dois homens com 60 e 40 anos de idade, residentes nas ilhas de São Miguel e Terceira.

Até ao momento, já foram detetados na região um total de 144 casos, verificando-se 75 recuperados, 15 óbitos e 54 casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19.

Portugal contabiliza 1.114 mortos associados à covid-19 em 27.268 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 9 mortos (+0,8%) e mais 553 casos de infeção (+2%).

 

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