O Governo Regional dos Açores solicitou hoje a suspensão do Plano Diretor Municipal de Angra do Heroísmo para construir um novo laboratório para o Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular (SEEBMO).

“É um processo que está a decorrer no sentido da eventual futura construção do novo laboratório do SEEBMO. É um espaço que se pretende que tenha quatro valências, que seja por um lado um hospital de dia oncológico, que seja as novas instalações do novo laboratório, que tenha um espaço de formação e também de arquivo do próprio hospital”, avançou o secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, em declarações aos jornalistas.

O governante falava à margem de uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses.

O objetivo do executivo açoriano é construir o novo laboratório num terreno próximo do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), inaugurado em 2012.

“É um terreno que fica junto ao hospital, está identificado, é de privados, mas, para se iniciar todo o processo de projeto e de contacto com os proprietários dos terrenos, é preciso perceber o que se pode construir e os termos da construção. E isso é da competência do município”, justificou.

Clélio Meneses não se comprometeu com uma data para o arranque do projeto, alegando que o processo “está muito no início”, mas reconheceu a urgência da construção.

“O laboratório funciona em condições precárias. Tem tido um papel essencial no âmbito do combate à pandemia e, para além disso, tem tido um papel essencial aos mais variados níveis de investigação epidemiológica, biológica e da biotecnologia na ilha Terceira e nos Açores em geral”, frisou.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, o projeto vai exigir “a suspensão do Plano Diretor Municipal numa zona a norte do hospital”, mas o município vai “desencadear os procedimentos necessários para que, sem qualquer dificuldade, se resolva”.

Na reunião foi discutida também a necessidade de construção de um acesso de emergência ao hospital.

Segundo Álamo Meneses, há uma via antiga nas traseiras do edifício que pode ser utilizada em caso de emergência, mas que necessita de obras, que iriam resolver também um problema de escoamento de águas.

“Ela encontra-se em mau estado e é preciso dar-lhe um caráter definitivo, já que, em caso de termos qualquer situação de catástrofe, um acidente grave, ou qualquer circunstância que corte o funcionamento da circular, é preciso ter um acesso alternativo ao hospital”, apontou.

 

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