A Amazon anuncia no seu site mais de 31 mil vagas para empregos. É um número muito superior ao de outras empresas de tecnologia e que reflecte os recursos humanos necessários para manter uma enorme infra-estrutura tecnológica e para distribuir compras em quase todo o mundo.

O site de empregos da Amazon totalizava 31.324 posições à hora de publicação deste artigo (eram mais 30 empregos do que quando estas linhas começaram a ser escritas). Já o site da Microsoft anunciava 5340 vagas. O do Google mostrava 3916 posições e o do Facebook, 2578 empregos. No ano passado, a multinacional americana, que começou por ser uma livraria online gerida por três pessoas, empregava cerca de 648 mil funcionários, incluindo trabalhadores em part-time.

Praticamente todos os empregos anunciados são a tempo inteiro, mas muitos são trabalhos em empresas que prestam serviços à multinacional, como as que operam frotas de carrinhas e camiões, e são responsáveis por entregar encomendas.

Há também mais de dois mil anúncios para os armazéns da empresa. Estes armazéns ganharam fama pelas más condições de trabalho (incluindo um controlo rigoroso dos tempos de trabalho e pausa dos funcionários) e foram palco de greves, tanto nos EUA, como na Europa. Alguns têm também um elevado nível de robotização e a empresa anunciou recentemente um programa para requalificar trabalhadores, incluindo aqueles que podem ver o seu trabalho vir a ser feito por máquinas.

Na carta que acompanhou o relatório e contas de 2018, o fundador, Jeff Bezos, gabou-se de ter aumentado o salário mínimo nos armazéns da Amazon para 15 dólares por hora, tendo desafiado os concorrentes do retalho a subirem a fasquia. “É uma espécie de competição que vai beneficiar toda a gente”, disse Bezos, que já recebeu críticas de funcionários por gastar milhões numa empresa de exploração espacial.

Ainda assim, milhares de vagas são para posições técnicas – só a categoria de desenvolvimento de software lista perto de nove mil vagas, a que se juntam categorias como a gestão de projectos, o controlo de qualidade e o suporte técnico.

Dos empregos na Amazon, há seis que são em Portugal. Estas vagas são todas em Lisboa e todas para a Amazon Web Services, um braço da multinacional que vende serviços na cloud a empresas e que no ano passado abriu um escritório em Portugal (um sétimo anúncio lista Lisboa como o lugar de trabalho, mas a descrição indica tratar-se de uma posição na Sardenha, em Itália).

Já a Microsoft tem 31 vagas em Portugal. O Google e o Facebook têm, cada um, uma posição em aberto.

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