Assinala-se hoje, dia 14 de fevereiro, o Dia Nacional do Doente Coronário. Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) vem reforçar a importância de controlar fatores de risco, com destaque para a abstinência total do hábito de fumar como “a única medida garantidamente eficaz para combater as doenças do coração”.

As doenças cérebro e cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal. Especificamente, o enfarte do miocárdio afeta 15 mil portugueses todos os anos. “Não sendo possível determinar com precisão a extensão da síndroma coronária crónica", a SPC foca o caminho que tem sido traçado no âmbito das doenças cardiovasculares.

Embora o cenário continue a “ser preocupante”, a SPC refere que têm sido feitos avanços progressivos no sentido de melhorar o panorama, nomeadamente a nível da doença isquémica. Segundo a Sociedade, nos valores relativos à patologia que abrange o enfarte e angina do peito, Portugal está entre os melhores países a nível europeu. Na perspetiva do presidente da SPC, Victor Gil, estes resultados “são fruto de um trabalho continuado, de aposta na prevenção, diagnóstico e tratamento, com destaque para o modelo de resposta organizado na área do enfarte agudo do miocárdio – a via verde coronária”.

Na data em que se assinala o Dia Nacional do Doente Coronário, a SPC foca o controlo dos fatores de risco – sedentarismo, diabetes, hipertensão, tabagismo –, onde a Sociedade considera que “há um enorme caminho ainda a percorrer”. Em particular, a associação científica incide sobre o hábito de fumar – presente em cerca de 25% da população portuguesa – para reafirmar a sua posição de luta contra o consumo de tabaco.

Ainda que Portugal se esteja a aproximar “do grupo dos melhores”, no comunicado são mencionados “novos perigos à espreita”. Relativamente a este tema, a SPC defende a abstinência total do hábito de fumar e a extensão da proibição de fumar em todos os locais públicos, “medida de saúde pública indispensável e urgente que desincentiva fumadores ativos” e que protege fumadores passivos.

Quanto a formas de tabaco vaporizado ou eletrónico, a SPC acredita que “ainda não existe evidência suficientemente robusta que suporte uma posição definitiva com base científica”. Como tal, traça também como objetivo desenhar estudos sólidos e orientados por entidades independentes.

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