Cerca de quatro dezenas de alunos, de três turmas do 1º ciclo na Escola Francisco Ornelas da Câmara, estão a aprender os princípios básicos da programação, enquadrados no projeto Academia de Código Júnior. A iniciativa resulta da parceria entre a Câmara Municipal da Praia da Vitória, a Escola Francisco Ornelas da Câmara e o projeto Terceira Tech Island, do Governo Regional dos Açores, em parceria com o Município praiense.

Segundo o vereador da Câmara Municipal Tiago Ormonde, a iniciativa, em fase piloto este ano letivo, visa despertar as crianças para as tecnologias de informação e comunicação, mas também potenciar novas oportunidades profissionais no futuro, particularmente no Concelho onde está em consolidação um ecossistema de empresas tecnológicas, através do Terceira Tech Island.

“É nosso dever estimular as crianças para as profissões do futuro. Esta iniciativa tem três objetivos: desenvolver as capacidades de raciocínio e trabalho em equipa – centrais na profissão de programador -, incentivar e despertar as crianças para novas realidades profissionais (a programação e as novas tecnologias são tidas como oportunidades profissionais atualmente e no futuro com grande saída) e potenciar massa crítica a médio prazo, que possa enquadrar-se no ecossistema de empresas e projetos de programação em curso na cidade, por via do Terceira Tech Island”, explicou o autarca, no final de uma visita a uma das sessões do projeto Academia de Código Júnior.

“Hoje em dia existe uma grande procura no mercado de trabalho de todo o mundo por programadores. Depois do sucesso que tem sido a formação intensiva dada na Praia da Vitória a dezenas de novos programadores, no âmbito da Academia do Código, cujos formandos estão a ser absorvidos por empresas multinacionais que se estão a instalar na Cidade, o que nós julgamos pertinente foi alargar às crianças estas experiências e estes conhecimentos”, disse o Tiago Ormonde.

O vereador da Autarquia praiense diz ter “a consciência de que nem todas estas crianças vão ser programadores de computadores e sistemas informáticos no futuro”, mas sublinha a presença inevitável das novas ferramentas da comunicação e informação no futuro: “a programação está presente, nos computadores, nos telemóveis, nos multibancos, enfim, em toda a nossa vida e convém que as crianças entendam que os computadores não são só para jogar”.

Neste momento, no âmbito desta Academia do Código Júnior estão abrangidas cerca de 40 crianças do 1.º ciclo do ensino básico da Escola Francisco Ornelas da Câmara, sendo que a intenção é que até ao 4.º ano de escolaridade estes alunos tenham oportunidade de continuar a obter estes conhecimentos, bem como introduzir os mesmos às crianças que, a partir do próximo ano letivo, cheguem ao 1.º ano de ensino.

“A ideia é dar-lhes conhecimentos nas áreas dos computadores que são ferramentas que estão presentes em tudo na nossa vida, até em áreas como a agricultura ou o turismo”, sublinhou Tiago Ormonde, destacando ainda “a vertente pedagógica interessante” da iniciativa, uma vez que “eles vão trabalhando o seu raciocínio ao nível do estímulo da sua criatividade, o que pode vir a resultar em ideias muito interessantes de empreendedorismo e capacidade de surgimento de novos produtos e ou serviços futuramente no mercado de trabalho”.

“É justíssimo realçar o empenho do Conselho Executivo e dos professores destas três turmas da Escola Francisco Ornelas da Câmara na receção a esta iniciativa, cujos resultados positivos são evidentes. Estamos já a preparar a próxima fase do projeto, que passa por dar continuidade às formações dos atuais participantes e alargar as aulas a outras turmas e escolas no Concelho”, adianta Tiago Ormonde.

“Obviamente que teremos de avançar progressivamente com o projeto, porque o seu alargamento depende dos formadores disponíveis – que são responsabilidade da Autarquia – assim como das instalações e equipamentos existentes nas escolas”, indica o responsável municipal.

As sessões do projeto Academia de Código Júnior têm por base os módulos formativos desenvolvidos pela Academia de Código, com o apoio da Direção-Geral da Educação. O programa foi galardoado com o Título de Impacto Social em Portugal e Sul da Europa e com o Prémio World Summit on the Information Society (WSIS), em 2017.

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