Os testes com uma vacina desenvolvida pela Moderna mostra que esta é segura e capaz de gerar anticorpos para combater o vírus.
Vacina norte-americana dá primeiros "sinais promissores"

A primeira vacina contra o coronavírus a ser testada em humanos nos Estados Unidos deu "sinais promissores", anunciou a farmacêutica Moderna, que a está a desenvolver.

Segundo um comunicado da companhia norte-americana, os primeiros testes mostraram que a vacina é segura para ser administrada em humanos e foi capaz de criar um sistema imunitário que permite ao paciente defender-se do novo coronavírus.

Estas conclusões anunciadas pela Moderna resultam de um teste efetuado junto de oito pessoas que receberam duas doses da vacina, tendo a primeira sido administrada em março.

Os testes à vacina estão as ser conduzidos pelo governo norte-americano e a Moderna pretende agora intensificá-los. O objetivo passa por acelerar o calendário que estava previsto, com uma nova bateria de testes junto de 600 pessoas a arrancar em breve.

Apesar destes sinais positivos, as autoridades em todo o mundo têm repetido que uma vacina só deverá chegar ao mercado dentro de um ano a 18 meses.

As ações da Moderna disparam mais de 20% e esta notícia contribui para um dia de forte alta nos mercados acionistas em todo o mundo.

"Este é um sinal muito positivo de que conseguimos criar anticorpos que conseguem impedir a disseminação do vírus", disse o CEO da Moderna numa entrevista à Bloomberg. Os resultados dos testes "não podiam ser melhores", disse Stephane Bancel.

A vacina experimental foi administrada a oito voluntários saudáveis, que ficaram com níveis de anticorporpos idênticos aos registados em doentes que estiveram infetados com covid-19 e depois recuperaram.

O gestor da Moderna destacou que os efeitos secundários da vacina foram positivos, já que se assemelham aos de outras vacinas tradicionais, como febre temporária, dor e arrepios, que depois desaparecem.

A Agência Europeia do Medicamento estimou hoje que, "na melhor das hipóteses", haverá uma vacina disponível para a covid-19 dentro de um ano, pedindo uma "abordagem coordenada" entre os Estados-membros para priorizar a sua distribuição.

FONTE:JORNAL DE NEGÓCIOS / Nuno Carregueiro

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