Thiago Ormonde, vereador da Câmara Municipal da Praia da Vitória, não tem dúvidas de que o Terceira Tech Island é o mais estruturante dos projetos lançados ao abrigo do Plano de Recuperação Económica da Ilha Terceira na sequência do downsizing que os norte-americanos levaram a cabo na Base das Lajes.

Quando se anuncia, para o início de 2020, a instalação de mais cinco empresas no concelho ao abrigo deste programa, levando o número total para 21, o vereador camarário em conversa com o Investinpraia afirma, preto no branco, que a autarquia tudo fará no que estiver ao seu alcance para continuar a apoiar uma ideia que já é um “case study”.

 

IP- O Vice Presidente do Governo anunciou, recentemente, a instalação de cinco novas empresas na Praia da Vitória, integradas no projeto do Terceira Tech Island , elevando para 21 o número de empresas que trabalham no âmbito daquele projeto.

Trata-se de uma boa notícia neste final de ano…

TO – O Terceira Tech Island tem trazido uma grande dinâmica económica ao concelho da Praia da Vitória em particular mas, de igual modo, a toda a ilha Terceira.

Mais de 20 empresas de base tecnológica instaladas aqui na nossa cidade e já são mais de 130 postos de trabalho que foram criados.

Considero que o Terceira Tech Island será o mais estruturante de todos os projetos lançado no âmbito das políticas económicas do Governo dos Açores. Isto porque é um projeto que tem conseguido obter resultados de uma forma muito rápida, o que não é habitual,  pois muitas vezes levam tempo a alcançar resultados práticos, mas no caso do TTI em cerca de dois anos atingiram-se muitos postos de trabalho e uma riqueza muito palpável.

Por outro lado todo o investimento feito pelo Governo Regional tem induzido um retorno na economia local que o transforma num verdadeiro “caso de estudo” como tem sido reconhecido mesmo a nível nacional.

Ainda recentemente o senhor Primeiro-Ministro esteve cá e não deixou de reconhecer este sucesso.

Os Açores, pelo seu posicionamento geográfico, neste “meio caminho” entre a Europa e a América, tornam-se num excelente atrativo para este tipo de empresas, desenvolvendo, a partir de cá, projetos de desenvolvimento de software e de aplicações móveis, a serem usados em todo o mundo.

Estando aqui localizadas essas empresas conseguem conciliar vários fusos horários o que são, sem dúvida, vantagens muito competitivas para os investidores.

- Mas as empresas chegam aqui com base num conjunto de incentivos. Se esses incentivos acabarem elas irão manter-se?

- Repare que os incentivos são muito baixos face à riqueza criada. A grande vantagem dessas empresas não assenta nos incentivos mas sim, como referi, na circunstância geoestratégica dos Açores.

- Sendo um projeto do Governo dos Açores como é que a autarquia o tem vindo a apoiar?

- A Autarquia olha para o mesmo com muita atenção, agrado e otimismo. Estamos muito satisfeitos com o que o TTI tem trazido ao concelho.

Pelo nosso lado colaboramos sempre ao nível de instalações e com todo o apoio que nos é possível dar. Temos estado sempre ao lado do TTI e, nesse sentido, no orçamento camarário para 2020, iremos acabar com a “derrama” para as empresas que não têm sede no concelho dando, com isso, mais um incentivo aos investidores.

Queremos contribuir, também com o nosso esforço, para que venham ainda mais empresas e, com isso, que se possam criar mais postos de trabalho.

O TTI é uma das melhores e maiores alternativas criadas face ao que foi o downsizing norte-americano na Base das Lajes.

Por isso não deixaremos, em nenhuma circunstância, de estar ao lado e de apoiar este projeto desenvolvido pelo governo regional.

Quanto a mim é um caso único, um caso de estudo, pelo impacto que tem vindo a ter, em tão pouco tempo, e face a tão pouco investimento.

 

 

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