Programa é financiado pelo Banco Mundial
Passados cerca de dois anos vai, finalmente, arrancar dentro de dias, a reconstrução das infraestruturas sociais e económicas destruídas pelos ciclones Idai e Kenneth, nas regiões centro e norte de Moçambique, mercê de um financiamento do Banco Mundial.
O anúncio foi feito pelo ministro moçambicano das Obras Públicas e Habitação, João Machatine, que anunciou estarem disponíveis 11 mil milhões de meticais (cerca de 200 milhões de dólares) alocados pelo Banco Mundial para o efeito.
Aquele governante referiu que "já passam dois anos, e nós gostaríamos que este valor disponibilizado pelo Banco Mundial se traduzisse em coisas concretas no terreno, quer no diz respeito à reabilitação de escolas, edifícios públicos e habitações, quer no apoio ao sector privado".
Alguns sectores da opinião já vinham criticando o Gabinete de Reconstrução pós-ciclones Idai e Keneth, por alegada inação.
O referido Gabinete tem, desde a semana passada, um novo gestor, o engenheiro civil Luís Paulo Mandlate.
Resiliência
Entretanto, o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos- UN-HABITAT, avisa que sendo Moçambique um país exposto a ciclones, secas, cheias e sismos, não se pode pensar em processos de desenvolvimento sem considerar as questões de adaptação e resiliência às mudanças climáticas.
Para o representante da UN-HABITAT em Moçambique, Wild do Rosário, "quando falamos de infraestruturas, existe um conjunto de princípios básicos que é necessário ter em consideração ao nível do ordenamento territorial, para sabermos onde é que vamos localizar os nossos assentamentos".
Realçou que, além destas questões, existe também um outro conjunto de elementos de carácter preventivo que é preciso ter em conta, entre os quais o código de construção, cujo regulamento precisa de uma actualização, para que integre os padrões de resiliência.